sábado, 27 de maio de 2017

Governo golpista: Ocaso do interino

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O governo, se assim podemos chamá-lo, acabou. Há um intruso na Presidência da República e é preciso removê-lo antes que a peçonha contamine o que ainda resta de estabilidade do sistema político, abalado pela degenerescência dos poderes republicanos, e nesta listagem se somam os poderes extra constitucionais, o poder econômico – corrupto e corruptor – e a grande mídia, que manipula a informação e desinforma a sociedade ao sabor de seus interesses específicos, mercantis, sempre apartados dos interesses do país e de seu povo.

O governo golpista de Temer sangra

Por Ari Zenha, na revista Caros Amigos:

“A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história das lutas de classes.” Karl Marx

Diante dos últimos acontecimentos a única saída para a crise econômica e institucional que vêm assolando o nosso país é uma saída à esquerda. Os que estão entrincheirados na defesa da democracia e do enfrentamento contra as medidas que estão sendo implementadas no Congresso Nacional com apoio e mesmo exigência das classes empresariais da cidade e do campo é alavancar a luta pelas Diretas Já junto com a ocupação de todo o espaço público – ruas, praças e prédios públicos em todo o país.

Fachin e Janot quebram as pernas de Gilmar

Por que a Globo aposta na eleição indireta?

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A participação da mídia no processo político brasileiro não é recente, mas desde 2005, quando desencadeado o processo da Ação Penal 470 (“mensalão”), a imprensa comercial, especialmente o sistema Globo, tem atuado com grande empenho ao lado de interesses contrários aos governos populares iniciados em 2003 por Luiz Inácio Lula da Silva. Mas por que, após o golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff, com as delações da JBS, personagens até então considerados “aliados” foram jogados na fogueira, como o senador tucano Aécio Neves e o presidente peemedebista Michel Temer?

'Veja': Janot mira Aécio para acertar Gilmar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Revelação escandalosa – embora a esta altura tudo se possa esperar – da revista Veja: os agentes que vasculharam os endereços de Aécio Neves, no Rio e em Minas, tinha ordens expressas para localizar tudo o que pudesse dizer respeito ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal e presidente do TSE, onde se vai julgar o destino de Michel Temer.

A alta cúpula da Justiça brasileira virou uma briga de vila, onde abuso de poder e falta de decoro são apenas os incidentes no solo de algo que se assemelha a um canil em fúria (evito outra expressão em homenagem a Cármem Lúcia, o retrato, e a Rosa “O que é que eu estou fazendo aqui?” Weber.)

Povo deixa Temer por um fio na presidência

Charge: Clóvis Lima/Charge Clube
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com pelo menos 100.000 pessoas nas ruas, o protesto de Brasília confirmou a grande novidade da conjuntura política.

Numa sequencia de manifestações cada vez mais amplas desde os protestos "Fora Temer!" que marcaram o Carnaval, o povo assumiu seu lugar na definição dos destinos do país. O Brasil se encontra naquela situação clássica que antecipa grandes mudanças – aquela em que nem os de cima nem os debaixo conseguem viver como antes.

Ninguém precisa se enganar: a relação de forças na sociedade se modificou, os diques de contenção explodiram e a questão do momento é permitir que a vontade da base possa se expressar no poder político.

Aécio, JBS e o helicóptero da cocaína

"Acordão" pós-Temer é costurado em Brasília

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Michel Temer diz e repete que não renunciará e até convocou as baionetas para enfrentar protestos. As negociações políticas para tirá-lo do cargo e providenciar um sucessor estão a mil, no entanto. Até já desponta a solução com mais chance de vingar. Mas “as ruas” podem bagunçar o “acordão”. A Operação Lava Jato e as reformas impopulares propostas pelo presidente, também.

Pelo visto nos bastidores do Congresso nos últimos dias, o provável caminho para trocar Temer é cassá-lo na Justiça Eleitoral na ação movida contra a chapa vitoriosa na eleição de 2014. E depois substituí-lo por alguém escolhido apenas pelos parlamentares para governar até dezembro de 2018. O favorito para a missão é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Cláudia Cruz e o martírio de Marisa Letícia

Por Bepe Damasco, em seu blog: 

A absolvição da mulher do megabandido Eduardo Cunha deve ter deixado os investigadores suíços perplexos. Afinal, foram eles que rastrearam a conta do "Caranguejo" naquele país, fazendo cair na rede também as milionárias compras da madame De toda maneira, é positivo que agentes públicos sérios de outros países sintam na pele o que é a Lava Jato, para além da blindagem da mídia comercial brasileira.

O problema é que ainda são muitos os brasileiros que, vítimas da lavagem cerebral operada dia após dia pelo monopólio da mídia, acreditam nos bons propósitos do justiceiro Moro e de seus procuradores messiânicos. Contudo, todas as pesquisas mostram que a cada vez mais pessoas já conseguem perceber a escandalosa parcialidade da Lava Jato e vê-la como um instrumento político a serviço dos interesses da plutocracia do país. Sem falar nos milhões de desempregados que já produziu. Sem falar na destruição do setor de petróleo, gás e construção, tragédia econômica para a qual a Lava jato muito contribuiu.

A boa vontade que falta no Brasil de hoje

Por Leonardo Boff, no site Carta Maior:

Na sociedade brasileira atual grassa uma onda de ódio, raiva e dilaceração que raramente tivemos em nossa história. Chegamos a um ponto em que a má vontade generalizada impede qualquer convergência em função de uma saída da avassaladora crise que afeta toda a sociedade.

Immanuel Kant (1724-1804), o mais rigoroso pensador da ética no Ocidente moderno, fez uma afirmação de grandes consequências, em sua Fundamentação para uma metafísica dos costumes(1785): "Não é possível se pensar algo que, em qualquer lugar no mundo e mesmo fora dele, possa ser tido irrestritamente como bom senão a boa vontade (der gute Wille)". Kant reconhece que qualquer projeto ético possui defeitos. Entretanto, todos os projetos possuem algo comum que é sem defeito: a boa vontade. Traduzindo seu difícil linguajar: a boa vontade é o único bem que é somente bom e ao qual não cabe nenhuma restrição. A boa vontade ou é só boa ou não é boa vontade.

Cláudia Cruz e a justiça de classe de Moro

Por Jeferson Miola

Sérgio Moro foi um caçador implacável da Dona Marisa. O juiz-acusador perseguiu a ex-primeira dama com uma tal e eficiente obsessão que conseguiu, finalmente, condená-la à morte com um AVC.

À continuação, um odioso Moro, um ser possuído por sentimentos que são estranhos a pessoas justas e de bem, quis decretar a condenação eterna da Dona Marisa.

Ele descumpriu o Código de Processo Penal e relutou, por mais de 30 dias depois do óbito, a declarar a inocência da Dona Marisa.

O grande crime cometido por Marisa Letícia, na convicção do Moro e dos seus colegas justiceiros de Curitiba, foi ter sido a companheira de vida e de sonhos do ex-presidente Lula; a parceira do sonho de um Brasil digno, justo e democrático.

Os donos da mídia nos grampos da PF

Por Renato Rovai, em seu blog:

Os grampos realizados pela Polícia Federal em Aécio Neves, Rodrigo Rocha Loures e outros investigados da última operação coordenada pelo Ministério Público não tiveram como única vítima da mídia o blogueiro Reinaldo Azevedo.

Aliás pelo que este blog apurou os áudios vazados de Reinaldo são o café pequeno do banquete.

Proprietários de veículos de comunicação e executivos teriam sido gravados em conversas nada republicanas com pessoas envolvidas em esquemas de corrupção.

Cláudia Cruz e o "juiz" Sergio Moro

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Depois de alguns dias no oblívio obrigatório graças à delação da JBS que matou Temer, o juiz Sergio Moro volta às manchetes, seu habitat natural.

Sai Janot, volta o super herói de Curitiba.

Moro absolveu a mulher de Eduardo Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, na Lava Jato.

Cláudia era acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Entre 2008 e 2014, ela gastou mais de 1 milhão de dólares de uma conta na Suíça.

Segundo a denúncia do MPF, o gasto era “totalmente incompatível com os salários e o patrimônio lícito” dela e de Cunha.

A volta do maior estadista, o senhor Crise

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – a última cartada de Temer

A tentativa de colocar na cena o fator militar foi o último blefe de Michel Temer. A reação imediata de um oficial legalista, o respeitado general Villas Boas Correa, de parlamentares, de porta-vozes responsáveis da sociedade civil, abortou a tentativa de aprofundamento da crise política, impedindo o Brasil se reeditar o Panamá de Rafael Noriega.

O que se tem, é simples. No comando, um governo reconhecidamente corrupto, comprando parlamentares para aprovar um conjunto de medidas que afeta direitos de trabalhadores e contribuintes. Esse é o combustível maior da indignação que começa a se generalizar no país.

Doria mente sobre a Cracolândia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Este post é um protesto contra a desfaçatez do prefeito de São Paulo, João Doria, que veio a público a fim de enganar os paulistanos com a mentira grosseira de que teria “resolvido” o problema da Cracolândia, região da luz, na capital paulista.

Doria divulgou um vídeo na internet no qual mostra imagens malandras que enganam a sociedade paulistana dizendo que o prefeito “resolveu” o problema da Cracolândia ao expulsar os viciados do local em que se concentravam.

O golpe precisa de uma ditadura

Por Marcelo Zero

“Governo Cerca Brasília”, essa foi a manchete do Jornal do Brasil do dia ...19 de abril de 1984.

O general João Batista Figueiredo, que preferia o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo, havia decretado estado de emergência no Distrito Federal, nove municípios do seu entorno e Goiânia. O medo de Figueiredo, ditador em seus estertores, era com a votação da Emenda das Diretas Já, que seria apreciada em uma semana. Figueiredo queria impedir que ocorressem manifestações pró-Diretas em Brasília. Assim, cercou a capital e nomeou o general Newton Cruz, comandante militar do Planalto, como executor das medidas.

Temer tentou vestir a farda militar

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O presidente ilegítimo tentou, ontem, vestir a farda do Exército no golpe midiático-judicial-parlamentar que o alçou ao poder em 2016. O fracasso dessa medida insensata demonstrou a extensão de seu isolamento no cenário político, no qual sua capacidade de iniciativa parece ruir a olhos vistos.

Nem o Exército, do qual é, pela lei, o comandante em chefe, o apóia. Isso ficou claro na declaração cuidadosa do general Eduardo da Costa Villas Bôas, comandante do Exército que, numa atitude legalista e respeitosa da Constituição, declinou da tarefa que Temer quis dar às Forças Armadas, e reconheceu a capacidade da polícia militar para manter a ordem em Brasília, na quarta-feira (24). "Acredito que a polícia deva ter ainda a capacidade de preservar a ordem", disse o general.

Menos polícia e mais política

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil se tornou um caso de polícia. Frente à banalização do desprezo pela democracia e pelo Estado de Direito, está valendo a força do guarda da esquina. Muitos falam em judicialização da política, como se os tribunais tivessem arrogado a si a tarefa de comandar o interesse público. No entanto, o mais perto da realidade seria afirmar uma policialização da política, quando a tarefa de governar fica submetida à ação discricionária dos agentes da segurança com sua obediência estrita.

O grau absurdo foi alcançado com decisão do golpista Michel Temer, ao decretar “o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal”. Jogou as armas contra o povo. Criticada até mesmo pelo Exército, que não quer ser considerado mero agente disciplinador ao alcance do medo e da mediocridade dos ocupantes do poder, a medida se alimenta de um lado na covardia e de outro na ameaça simbólica que recupera a memória da ditadura militar.

Lava-Jato e mídia montam farsa contra Lula

Do site Lula:

Em conluio com procuradores da Lava Jato em Curitiba, a Rede Globo, a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo produziram semana passada mais uma farsa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agendas de ex-diretores da Petrobras, anexadas pelos procuradores à ação sobre o tríplex do Guarujá, foram manipuladas pela imprensa de forma a apontar uma falsa contradição no depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.

A juntada de “documentos” sobre supostas “reuniões” de Lula com a diretoria da Petrobras não foi fruto da descoberta de algum segredo em um trabalho de investigação sério, mas uma tentativa tosca de reescrever a história e criminalizar atos como viagens oficiais ao exterior, reuniões interministeriais e cerimônias da Presidência acompanhadas pela imprensa.

Congresso quer um ‘presidente indireto’

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O governo ainda tem base e ela continua aprovando matérias do interesse de Temer. Ontem mesmo a Câmara aprovou 6 MPs, com a ajuda da oposição, que saiu do plenário em protesto contra a repressão e o emprego das Forças Armadas. Mas esta é uma falsa “normalidade”. Nos bastidores, todos os partidos admitem que estão “cumprindo tabela” para não agravar ainda mais a situação nacional: até que o TSE julgue a chapa Dilma-Temer e afaste Temer do cargo, os governistas seguirão fingindo apoio e a oposição, estrilando. Nos bastidores, entretanto, todas as conversas convergem para o mesmo tema, a busca do nome ideal a ser eleito presidente indiretamente pelo Congresso.