Mostrando postagens com marcador Homenagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Homenagem. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

O lugar de Samuel Pinheiro Guimarães

Foto: Laycer Tomaz/Agência Câmara
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Não estando em Brasília, não poderei me despedir do amigo Samuel, nem abraçar sua querida companheira, minha amiga Maria Maia.

Mas posso e devo escrever algumas linhas mal traçadas sobre Samuel Pinheiro Guimarães, que outros louvarão com maior densidade intelectual. Na hora de sua passagem, o que desejo é que ele ainda seja plenamente reconhecido como um dos maiores diplomatas de seu tempo, como um intelectual público de primeira grandeza e como um mestre para gerações de jovens diplomatas.

Para sua legião de amigos, fica a lembrança do homem que tão bem combinava doçura e energia, sempre atento às circunstâncias que cada um vivia, que tinha sempre uma palavra, um conselho, uma luz a oferecer. Quando queria nos recomendar um caminho, ele baixava a voz e, quase sussurrando, dizia: “Acho que você devia.....”

Homenagem a um grande diplomata do Brasil

segunda-feira, 24 de julho de 2023

José Celso e o poder da dramaturgia

Foto: Divulgação
Por Frei Betto, em seu site:


Em homenagem a José Celso Martinez Corrêa

Como assistente de direção de José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina, na primeira montagem da peça “O rei da vela”, de Oswald de Andrade, em 1967, e como crítico de teatro do jornal “Folha da Tarde”, aprendi que o teatro é um recurso privilegiado de formação de leitores. Ou melhor, de formação humana. Graças à representação no palco, permite ser “lido” inclusive por quem não é alfabetizado.
Os gregos da Antiguidade, como Ésquilo, Sófocles, Eurípides, descobriram que o espetáculo retrata a nossa natureza lúdica, os nossos instintos perversos, os nossos sentimentos contraditórios, enfim, essa multiplicidade de seres que nos povoam.

segunda-feira, 1 de maio de 2023

A origem e o significado do 1º de Maio

Por Altamiro Borges


“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas ideias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas ideias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Casa Branca cercada pelo terror

Casa Branca do Engenho Velho
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Vou falar de uma casa de santo das mais respeitadas do Brasil. Como do costume centenário do candomblé: peço licença aos mais velhos para usar da palavra. Começar do começo, dizer como fui provocado agora, não obstante minha relação com o terreiro seja antiga. O terreiro da Casa Branca do Engenho Velho realizou um encontro, com a presença do grupo “Samba pra rua”, dirigido pela professora Ana Flauzina, da Universidade Federal da Bahia, dia 25 de março, domingo. Noite alegre no terreiro. De paz.

sexta-feira, 17 de março de 2023

Da perda dos imprescindíveis

Brasília (14/2/2003): Erney Camargo e Roberto Amaral 
Foto: Gervásio Baptista/Memória EBC
Por Roberto Amaral, em seu blog:

"O homem é suas ações" - Pe. Antônio Vieira - Sermões

O andar dos tempos reserva, como condenação aos que vão ficando, a tristeza da perda de grandes e insubstituíveis amizades, construídas ao longo de décadas de trabalho comum e de lutas comuns, imbricadas numa mesma existência. E não raro a tragédia biológica ceifa brasileiros excepcionalíssimos, que se dedicaram a vida toda à batalha pelo progresso humano. É quando a dor bate ainda mais forte e lembra nossa pobreza e nosso desamparo.