sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Os dez piores acontecimentos de 2017

Por João Pedro Stédile, no site Sul-21:

A cada final de ano sempre se costuma fazer o balanço de avanços e atrasos na vida do povo. Mas neste 2017, cheio de acontecimentos memoráveis, está muito difícil selecionar.

Sendo assim, sugiro que você também faça sua lista! Veja a minha lista, a ordem não importa muito…

10 – Paralisação da reforma agrária e das políticas públicas para a agricultura familiar e camponesa, com fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), sucateamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a liberação de mais sementes transgênicas e mais agrotóxicos para envenenar nossos alimentos. Soma-se a isso, o projeto de vender nossas terras ao capital estrangeiro.

A chantagem de Temer e os governadores

Editorial do site Vermelho:

"O governo espera que aqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência."

Estas palavras do ministro da Articulação Política, Carlos Marun (PMDB-MS), revelam que, no balcão de negócios costumeiro para obter apoio parlamentar, o governo golpista de Michel Temer ultrapassou os limites do escárnio. Agora usa a chantagem para forçar governadores a usar sua influência para convencer deputados federais a apoiarem a reacionária contra reforma da Previdência, cuja votação está prevista para ocorrer na Câmara dos Deputados em fevereiro próximo.

Furgões da 'Folha' voltam a cruzar as ruas

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

“O cacique petista se põe acima da lei; no desespero, aposta no descrédito da Justiça e da própria legitimidade do processo eleitoral”, diz a Folha, em editorial, ele sim desesperado.

A Folha mergulhou tão fundo no golpe de Estado de 2016, um golpe que ela não quer chamar de golpe, assim como tentou chamar a ditadura de “ditabranda”, que agora não sabe como sair dele. Nem consegue enxergar mais nada à sua volta.

Desorientada, a Folha se dispõe novamente (como fez na ditadura) a emprestar seus forgões ao regime de exceção, um regime desta vez não liderado por militares, mas por bandidos de toga.

Condenação de Pizzolato e a justiça de exceção

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É preciso comemorar a notícia de que o ministro do STF Luiz Roberto Barroso decidiu conceder indulto a Henrique Pizzolato, um dos personagens centrais do julgamento da AP 470, o Mensalão, processo que inaugurou essa absurda etapa da vida brasileira na qual o Judiciário tornou-se a força central de nosso sistema político.

Numa tentativa de estimular a reflexão sobre aquele período e seus personagens, republico aqui um texto que escrevi em agosto de 2013, momento em que Pizzolato aguardava o julgamento de um recurso ao Supremo Tribunal Federal. O título original, “A Inocência Provada de Henrique Pizzolato” diz com clareza o que pensava na época – e penso hoje.

O avanço da direita nas Américas em 2017

Da Rede Brasil Atual:

Como no mundo todo, o continente americano também foi marcado pelo avanço da direita neoliberal em 2017. A eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, deu novo ânimo a projetos neoliberais pelo continente, naquilo que o cientista político e sociólogo Emir Sader classifica como "restauração conservadora".

Após mais de uma década de governos progressistas em quase todo o continente, as forças políticas de direita se consolidam na Argentina do presidente Maurício Macri e, mais recentemente, com a volta ao poder do também empresário milionário Sebastián Piñera, no Chile.

Cúpula militar descarta Bolsonaro

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:

Uma reportagem do Congresso em Foco aferiu opiniões de militares influentes na cúpula das forças armadas, na ativa e da reserva.

Para eles, Bolsonaro é "imprevisível" e "incapaz de dialogar". As alfinetadas no subalterno não param por aí:

"Peca por excesso de vaidade e de pretensão. Acha que sabe tudo e dessa forma fica difícil conversar”.

O mais importante, porém, não está nas linhas, mas nas entrelinhas da matéria.