segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O ódio deve morrer

Por Marcelo Zero

“Lula deve Morrer”. Este foi o título do artigo de um articulista da IstoÉ. Chocou a muitos.

De fato, o artigo, um somatório mal-ajambrado de clichês antipetistas, choca pela estupidez manifesta e pelo ódio desavergonhado. Mas não surpreende. O golpe abriu a porteira para uma direita tão obtusa quanto violenta. Há muito que o Brasil foi tomado por uma horda de insanos protofascistas.

Liderados por cérebros iluministas como Bolsonaro, Alexandre Frota, Marcos Feliciano, representantes do MBL etc., essa horda se dedica não apenas a destilar seu ódio contra Lula e o PT, mas também a censurar exposições artísticas, agredir palestrantes, impedir professores de darem aula, pedir a volta ditadura, exigir a execução de “bandidos”, manifestar desprezo pelos direitos humanos e se insurgir contra tudo que cheire a “esquerdismo”, “ideologia de gênero”, combate ao racismo e à homofobia e afirmação dos direitos das populações excluídas ou de alguma forma oprimidas. Enfim, tudo que cheire a civilização.

Moniz Bandeira, o golpe e a geopolítica

Por Rubens Diniz, no site da Fundação Maurício Grabois:

A edição 145 da revista Princípios, lançada no final de 2016, trouxe a entrevista exclusiva de Moniz Bandeira a Rubens Diniz, em que ele afirma que "o golpe contra Dilma insere-se no xadrez da política internacional", e justifica seu raciocínio. Por ocasião de seu falecimento, nesta sexta (10), o portal Grabois disponibiliza esta entrevista como uma homenagem a seu espírito de luta e resistência democrática.

Princípios entrevistou o renomado historiador e cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira, que recentemente completou 80 anos e acaba de lançar seu mais recente livro, Desordem Mundial, no qual analisa o atual tabuleiro geopolítico.

A revista IstoÉ e a matilha fascista

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Fascistas são como lobos: predadores que só se sentem fortes em matilha. Sozinhos são covardes, pois se sabem presas fáceis.

O caso do medíocre, desqualificado e desconhecido jornalistazinho raivoso da revista IstoÉ que pregou a morte de Lula no sábado ilustra bem isso. Falou grosso pensando que a editora comprasse sua briga baixa e, quando se viu sozinho exposto às naturais intempéries de que quem provocou a ira coletiva, foi pedir colinho de mamãe. Registrou ocorrência policial por crime de ameaça. Coitadinho.

Aumenta o desespero da direita contra Lula

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

No meio do caminho da direita há uma pedra: Lula. Obstinada na remoção desse obstáculo político e eleitoral de grande monta, a revista IstoÉ, porta-voz midiático do conservadorismo de mercado e das forças pró-restrição do desenvolvimento democrático, deu guarida a uma matéria, assinada por Mario Vitor Rodrigues, intitulada: “Lula deve morrer”. A perseguição contra o ex-presidente e liderança maior do PT, implementada por uma coalizão no mínimo tácita de atores institucionais, posicionados nos setores público e privado, mediante ações que se encadeiam sistemicamente, alcança níveis aberrantes de irracionalidade e sectarismo pró-exceção contra a esquerda.

A estupidez no ciberespaço

Por Raphael Silva Fagundes, na revista Caros Amigos:

Quem viu o último filme do Planeta dos Macacos pode observar o processo invertido da evolução. Os seres humanos vão perdendo a fala na medida em que os macacos vão desenvolvendo a linguagem humanizada. No início, Cesar era um macaco que queria a paz, enquanto os seres humanos, embrutecidos, resolviam tudo através da violência. Os macacos passaram a defender suas causas por meio de argumentos, sentimentos e emoções, enquanto que os seres humanos, de um modo geral, permaneceram presos aos atos violentos. Inclusive, os macacos violentos se aderiram aos seres humanos, e os seres humanos amorosos, por sua vez, se juntaram aos macacos.

Muito além do cidadão Waack

Por Alex Hercog, na revista CartaCapital:

Um dos principais assuntos compartilhados nas redes sociais na última semana foi o vazamento do vídeo de William Waack e sua manifestação racista. Uma gravação feita em 2016, quando o jornalista se preparava para entrar no ar durante gravações para o Jornal da Globo, revela o âncora cochichando injúrias raciais.

O vídeo mostra William Waack comentando com seu entrevistado, Paulo Sotero: “Tá buzinando por que, seu merda do caralho? Não vou nem falar, que eu sei quem é. Sabe quem é, né? Preto, né!? Isso é coisa de preto, com certeza”, diz, se referindo aos motoristas que buzinavam na rua, próxima à transmissão externa gravada nos Estados Unidos.

Este é um país que vai pra trás

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Enquanto a Folha dá uma manchete bem de acordo com a série “Agora a coisa vai”que você já se acostumou a ler nos jornais depois do golpe que levou Michel Temer ao Planalto, destacando um crescimento pífio de 1,1% nas receitas públicas (verdade capenga, porque ancorada numa correção inflacionária menor e na adoção de impostos novos, como o PIS/Cofins dos combustíveis), a BBC chama a atenção sobre onde e com que vem sendo feita a “economia” que, ainda assim, nos deixa com um rombo de R$ 159 bi.

A Justiça Trabalhista dos Boers

Por Hamilton Pereira/Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Devemos todos render homenagens ao jurista Ives Gandra Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, pela limpidez com que defendeu a Reforma Trabalhista que entra em vigor nesses primeiros dias de novembro, em entrevista a um diário paulista. Respondeu às questões levantadas com clareza de fazer inveja a seus pares que, ao longo de século 20, defenderam o regime do Apartheid, na África do Sul.

William Waack e o racismo como "deslize"

Por Ruben Berta, no site The Intercept-Brasil:

Num mundo cada vez mais radicalizado e polarizado das redes sociais, o excesso de opinião cansa. Concordo. Por isso, sempre penso duas vezes antes de entrar na melhor polêmica dos últimos tempos da última semana. Desta vez, achei que tinha algo importante a dizer. Resolvi arriscar.

Na última quarta (8), como todos já sabem, um vídeo com comentários RACISTAS (perdoem o clichê da caixa alta) do então apresentador do “Jornal da Globo”, William Waack, gravado no ano passado durante a cobertura da campanha eleitoral americana, foi publicado na internet. Ainda bem, as reações foram imediatamente negativas. E levaram a própria emissora a suspender o jornalista.

Em seguida, a polêmica chegou na página 2. Veio a turma do “deixa disso”:




Haraquiri tucano e os reflexos na sucessão

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Até aqui, o que enxergávamos na disputa presidencial era Lula na liderança, apesar do empenho em sua inabilitação, Bolsonaro em segundo lugar e um candidato tucano que dificilmente não seria Geraldo Alckmin, tentando viabilizar-se como alternativa de centro à polarização direita X esquerda. Com o agravamento da crise interna do PSDB, dificilmente o partido marchará unido em torno de um candidato e é de sua provável cisão, depois do confronto interno de dezembro, que pode surgir um quarto nome, reunindo forças do centro-conservador e, por inverossímil que pareça, contando com o apoio do governo.

Serra está com febre amarela?

O perigo é contaminar os que se aproximam dele
(Créditos: Bruno Rocha/Folha de S. Paulo)
Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

A donataria hereditária de São Paulo, controlada desde Martim Afonso de Souza pelos tucanos, sofre, no momento, de uma epidemia de febra amarela.

Mortos se multiplicam e parques florestais são trancados.

Nesse mesmo ambiente tropicalmente infestado, realizou-se uma convenção de tucanos para promover "unidade e união"- eles são um prodíjio.