sábado, 9 de setembro de 2017

Mais e novas caravanas antes que seja tarde

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa situação que se pudesse chamar de normal, num país no qual os meios de comunicação se preocupassem com as questões que interessam a todas as pessoas, qualquer que fosse a preferencia política, renda mensal ou cor da pele, uma parcela ponderável de brasileiros estaria fazendo um balanço da vitoriosa caravana de Lula pelo Nordeste e preparando os passos para a etapa seguinte, possivelmente em Minas Gerais. A razão é elementar.

Comprovado que o colapso das instituições atingiu o nível da demência, apenas a partir de iniciativas dessa natureza, que traduzem um esforço para ir às fontes da vontade popular, em contato direto com o eleitor, que se prepara uma saída democrática, lúcida, para crise. O resto é desvio de atenção e perda de energias, para não falar em coisa pior.

Temer é uma ameaça à nação

Editorial do site Vermelho:

Sob forte ameaça recolonizadora o Brasil comemora 195 anos de vida independente. A história destes dois séculos de vida independente é a crônica do confronto entre aqueles que defendem o uso do poder do Estado para apoiar o desenvolvimento e liberais (hoje neoliberais) contrários ao pleno florescimento da nação.

Capitaneados à época por José Bonifácio – nosso primeiro chefe de governo, de janeiro de 1822 a julho de 1823 – os defensores da nação preconizavam a industrialização, fim da escravidão, ensino público e integração (em igualdade jurídica) de negros, índios e mestiços à população nacional.

Atitude de Janot acanalha Ministério Público

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que achariam o caro leitor e a paciente leitora se um presidente, um governador ou um prefeito, a uma semana de deixar o cargo, desandasse a tomar resoluções que competiriam a seu sucessor encarar e levar adiante, sem poder fazer sua própria análise?

No mínimo, aético, não é?

Agora pense que este governante esteja, ele próprio, metido num embrulho no qual suas decisões, senão suspeitas, pelo menos foram reconhecidamente confusas e questionáveis?

Áudio falso só prova que Lula é inocente

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não há provas das montanhas de acusações do MPF, da PF e da República de Curitiba contra o ex-presidente Lula e as farsas difamadoras assacadas contra ele, seus familiares e seus amigos só servem para provar isso.

Quando até a Globo denuncia uma farsa contra Lula, é porque ela foi longe demais.

Já inventaram que Lula seria “dono da Friboi” e a farsa desmoronou quando os donos do grupo J&F, ou da “Friboi”, vieram a público fazer denúncias inclusive contra os políticos que a engendraram.

As flechas de Janot acertarão o alvo?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Flechas estão voando para todo lado. Depois da desmoralização da delação premiada da JBS, o procurador-geral Rodrigo Janot denunciou o PT, Lula e Dilma (duas vezes), atirou contra o PMDB do Senado e contra o ex-presidente José Sarney e finalmente, na noite de ontem, pediu a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, e do ex-procurador Marcello Miller. Com a reputação abalada na reta de saída, ele está polindo o arranhão na biografia com demonstrações de severidade mas, ao abrir tanto o leque, Janot acaba congregando aliados contra o alvo mais brilhante, a denúncia que ainda vai apresentar contra Michel Temer, robustecida pelas revelações do delator Lúcio Funaro.

Janot e o pedido de prisão de Marcelo Miller

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

O pedido de prisão do ex-procurador Marcelo Miller, feito pelo Procurador Geral Rodrigo Janot, é a demonstração definitiva de que Janot é um dos piores caráteres públicos da vida nacional. Falo em caráter público baseado em sua atuação pública, já que não tenho dados sobre seu comportamento privado.

No post anterior fiz algumas brincadeiras sobre o fato de sua fraqueza ser mais responsável pela perda de rumo do que o caráter. Foi apenas um jogo de palavras.

Em tempos passados, atrás da indicação para a PGR, Janot bajulava como podia o então presidente do PT José Genoíno. Uma noite, imerso em uma das libações alcóolicas frequentes, Janot chegou a oferecer sua casa a Genoíno, para se abrigar das intempéries políticas que se abateram sobre ele com a AP 470.

Um balanço da histórica Caravana de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Donizetti de Souza, na Revista do Brasil:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quis retomar a experiência de suas caravanas pelo Nordeste. A região foi a que mais desfrutou as transformações sociais nos 12 anos seguintes à sua posse do governo, em 2003. De um lado, os programas sociais puseram comida na mesa de miseráveis. De outro, essas famílias passaram a ter as crianças na escola e com a vacina em dia. Essa pequena renda pingadinha em cada família, somada ao salário mínimo recebido pelo aposentado do trabalho rural, garantia a sustentação econômica dos municípios mais longínquos e também das periferias nas grandes cidades.

Clima de fim de feira no Banco do Brasil

Por Helberth Ávila de Souza, no jornal Brasil de Fato:

Recentemente, Mauro Santayana publicou um artigo em seu blog em que relata o martírio de um amigo na tentativa vã de abrir uma conta em uma agência do Banco do Brasil (BB).

O título do artigo é bastante sugestivo: “Procurem o concorrente, por favor!".

Em uma estratégia que parece só atender aos interesses de seus competidores diretos, o BB, através de seus gestores encastelados no bunker do golpe, em Brasília, levam a efeito o desmonte da estrutura de atendimento com o suposto objetivo de imprimir eficiência e modernidade nas unidades de negócios daquele que já foi o maior banco do país.

Aqui Jaz a Nova República

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

Recentemente, os doutores do Instituto de Economia da Unicamp, Ana Luiza Mattos, Flávio Arantes e Pedro Rossi escreveram um excelente texto sobre o “pacto da austeridade” que se criou no país após o Golpe de 2016.

Não pude deixar de pensar algo um pouco além do texto: o pacto é uma imposição da agenda entreguista e neoliberal, como também é, indubitavelmente, o pilar principal (quiçá o único) que sustenta a política nacional.

Lava Jato: Entre a realidade e a ficção

Por Tânia M. S. Oliveira, no site Carta Maior:

“Pacto de sangue”. A frase dita pelo ex-ministro Palocci ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira, 06 de setembro, após um ano preso e contradizendo seu depoimento anterior, para qualificar a relação entre o ex-presidente Lula e a Odebrecht, aproxima ainda mais a operação Lava Jato de uma peça de ficção. Peça, aliás, já transposta para as telas de cinema, cuja sessão de pré-estréia contou com servidores públicos – juízes procuradores e outros – rindo às gargalhadas em suas poltronas. A Lava Jato, para essas pessoas que deveriam ser impassíveis e sóbrias diante da responsabilidade que seus cargos exigem, indica ter virado entretenimento. A investigação sobre a vida de sujeitos, os julgamentos que podem custar-lhes a liberdade, foram visualizados pelos agentes que os conduzem em uma telona enquanto comiam pipoca, trocavam afagos recíprocos e conversavam amenidades, como em uma sala de espetáculo.

Palocci fez acordo para salvar a Globo?

Por Altamiro Borges

O onipresente Grupo Globo – com seus canais de televisão, rádio, jornais, revista e site – não para de difundir o depoimento do trânsfuga Antonio Palocci ao carrasco Sergio Moro. O alvo, como sempre, é o ex-presidente Lula e o bordão ‘pacto de sangue’ é martelado na cabeça dos ‘midiotas’. O mesmo império de comunicação que fez de tudo para abafar a histórica Caravana de Lula pelo Nordeste tenta criar um clima na sociedade para que o carismático líder petista seja preso ou impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018 – se é que elas vão ocorrer. Antes do depoimento sem provas, porém, Antonio Palocci metia medo na famiglia Marinho e nos banqueiros. Será que houve algum acordo para salvar a Rede Globo e os abutres financeiros?