sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O filho do Bolsonaro vai para a Papuda?

Foto: Lula Marques
Por Altamiro Borges

O fascista Jair Bolsonaro (PSC-RJ) – que se acha o Donald Trump do Brasil e já lançou sua candidatura presidencial para 2018 – está passando por momentos de dificuldades políticas e familiares. Coitado! Na eleição para a presidência da Câmara Federal, ele levou uma surra dos seus pares. Só teve quatro votos – menos do que os cinco votos em branco. Para piorar, nem o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), apareceu na sessão. O ingrato não votou no pai. O trauma maior, porém, foi registrado pelo fotógrafo Lula Marques. Vale conferir a matéria da fascista Veja, postada nesta quinta-feira (9), sobre o patético episódio:

Moraes e a “lama” no celular da Marcela

Por Altamiro Borges

A Folha parece saber de algo muito podre que não quer compartilhar com seus leitores. Nesta sexta-feira (10), o jornal voltou a tratar do hacker que grampeou o celular de Marcela Temer, a primeira-dama “recatada e do lar” do covil golpista. A matéria não dá maiores detalhes sobre o áudio, mas sinaliza que é pesado e que poderia, inclusive, abortar a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF). Isto porque o brucutu, quando ainda era secretário de Segurança Pública em São Paulo, foi o responsável por impedir seu vazamento. Isto ajudaria a explicar a eterna “gratidão” de Michel Temer.

Temer e a falência múltipla de órgãos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Dia após dia, o simulacro de governo construído em torno de Michel Temer após o golpe parlamentar dá provas de enfrentar uma crise gravíssima que, a falta de nome melhor, podemos definir como falência múltipla de órgãos, que atinge a economia, a política, a vida dos 206 milhões de brasileiros.

Do lado de fora, tudo parece bem no organismo. O Congresso aprova medidas que, pelo caráter impopular, seriam impensáveis sob um regime democrático. A mídia amiga garante uma cobertura favorável num adesismo que cedo ou tarde irá cobrar novos desfalques em sua já minguada credibilidade. O país enfrenta a mais grave depressão econômica de sua história, mas uma oposição desestruturada até agora não teve forças para comandar protestos e mobilizações em defesa dos salários e do emprego - algo que foi possível fazer, todos irão recordar, mesmo durante o regime militar, nas gloriosas lutas que permitiram o nascimento de um barbudo de voz grossa e discurso firme, que ocuparia o centro da história brasileira pelas quatro décadas seguintes.

Guerra civil bate às portas da Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Esse é o resultado do caos político e econômico promovido pela Globo, principal artífice do golpe.

A Globo daqui a pouco vai defender a convocação do exército dos Estados Unidos, para reprimir a convulsão social causada pela narrativa golpista que impôs ao Brasil.

Se a narrativa é de que todos os políticos são bandidos, então a população – sobretudo suas franjas marginalizadas – começa a absorver o entendimento de que não precisa seguir a lei.

No Espírito Santo, teve até candidata a vereadora do PSDB participando de saque a supermercado…

Um brutamonte chamado Sergio Moro

Por Jeferson Miola

Em respeito ao luto do Lula pela morte da ex-primeira dama Marisa Letícia, os advogados do ex-presidente solicitaram ao juiz Ricardo Leite, da 10ª vara da Justiça Federal de Brasília, e ao juiz Sérgio Moro, da 14ª vara da Justiça Federal de Curitiba, o adiamento por quinze dias das audiências e procedimentos judiciais agendados.

O juiz da 10ª Vara atendeu o pedido e reprogramou para 14 de março a oitiva que estava aprazada para 17 de fevereiro. O justiceiro de Curitiba, por sua vez, rejeitou o pedido e manteve a realização de audiência judicial para este 9 de fevereiro, mesmo dia da missa pelo sétimo dia do falecimento da Dona Marisa.

O espírito santo do golpe é o inferno

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A população do Espírito Santo, sobretudo a da capital e região metropolitana, foi arrastada a uma viagem no tempo que antecipou, em vinte anos, o país da receita de arrocho implantada pelo golpe de 2016.

Por dias e noites prefigura-se ali o espetáculo truculento de uma sociedade submetida à crua expressão de seus interesses contrapostos, sob a égide de um Estado mínimo.

O acelerador da história, neste caso, foi o eclipse de um dos vigamentos centrais do poder estatal na sociedade moderna: o monopólio da violência.

Moraes articula apoio no STF em 'love boat'

O senador Wilder Morais “fantasiado” de PM em festa
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O novo normal do Brasil pós-golpe é de encher os olhos.

No mesmo dia em que o Espírito Santo chegava à marca de 100 mortos no caos instalado, o ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes recebia uma “sabatina informal” de senadores num barco peculiar em Brasília.

Foi na noite de terça, dia 7. De acordo com o Estadão, oito parlamentares participaram do encontro.

Moraes foi questionado, entre outras coisas, sobre seu envolvimento com o PCC, legalização das drogas e prisão em segunda instância.

Globo: como mudar sem mexer no essencial

Por Pedro Ekman, na revista CartaCapital:

Denúncia contundente do racismo estrutural existente no Brasil; Globeleza vestida e representando a diversidade cultural do País; personagens LGBT finalmente ganhando as telas e até as ocupações das escolas recebendo apoio nas produções da emissora de maior audiência no Brasil.

De forma direta e decidida, em mais de um episódio de Amor & Sexo, de Fernanda Lima, a promoção do feminismo e um ataque frontal ao machismo, com artistas como Gaby Amarantus e Ney Mato Grosso debatendo temas há muito evitados por toda a TV brasileira. Na abertura de Tá no Ar, de Marcelo Adnet, o clássico dos Titãs “a televisão me deixou burro, muito burro demais” indica que a programação da TV segue como alvo das críticas em mais uma temporada do programa.

A "indignação" dos golpistas da mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os colunistas do mundo conservador fingem-se furiosos.

Miriam Leitão diz que o PMDB “confronta as forças de combate à corrupção no país”.

Merval Pereira reclama da “leniência” do PMDB e diz que a nomeação de Edson Lobão para a Comissão de Constituição e Justiça, que faz o Senado andar ou parar, é um “escárnio”.

Escárnio também diz Ricardo Noblat, que até mês e pouco atrás achava “até bonito” Michel Temer e chama a decisão da dupla Temer-Renan de – tome fôlego antes de ler – “chacota, escarnecimento, ironia, gozação, troça e zombaria” e ainda “exorbitância, desacato, desplante, sem-vergonhez, descaramento, ultraje, afronta, desfaçatez, cinismo, prepotência, atrevimento e arrogância”.

Congresso apressa o enterro da democracia

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O senador Roberto Requião resumiu: “a responsabilidade pelo caos é do Congresso que fisiologicamente apoia as asneiras propostas pelos entreguistas e neoliberais do governo”.

É o congresso do golpe, aquele que por 367 a 137 votos, na Câmara, abriu processo contra Dilma Rousseff sem que houvesse crime de responsabilidade, alegando que ouvia o clamor das ruas.

Um contabilidade dos 367 votos a favor revela um grande número de hipócritas, que agora estão surdos para o que se vê no Espírito Santo ou no Rio de Janeiro, estados governados por partidários da derrubada de Dilma do PMDB e do PSDB - dois estados falidos.

Globo não tem problemas em descartar Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

Não é mais exagerado dizer que o golpe civil que sacou Dilma do governo pode ser atropelado por um golpe militar. O que está acontecendo em alguns estados, com destaque especial para o Espírito Santo, que é um dos menores do país, merece uma análise mais responsável daqueles que sabem que quando o caos se instaura, a saída em geral não é pela esquerda.

As polícias brasileiras funcionam quase que com a mesma estrutura e mentalidade dos ditos anos de chumbo, principalmente nas periferias. E os governos não só de direita, mas também os de centro e centro-esquerda fizeram muito pouco para transformá-las.

O golpe e o cultivo do ódio

Por Fernando Nicolazzi, no site Sul-21:

Creio que a lembrança ainda está viva na memória das pessoas. No dia 13 de junho de 2013, em pleno calor das manifestações de rua, que naquele momento ainda tinham por pauta o tema da mobilidade urbana e de outros modelos de cidade e de usos do espaço público – em uma palavra, o tema da cidadania –, a repórter da TV Folha Giuliana Valllone foi gravemente ferida no olho por conta de uma bala de borracha disparada pela tropa de choque da polícia militar paulista. O fato ocorreu na rua Augusta, em São Paulo e, segundo a repórter, o policial, que estava a cerca de 20 metros de distância, mirou e efetuou o disparou em sua direção. A intenção de ferir estava patente.

Era Temer: O caldeirão social está fervendo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nas noites cálidas do Jaburu, com sua lagoa privativa, no gabinete envidraçado do Planalto, ou mesmo em eventos, cercado pelo cordão de áulicos, Michel Temer parece não sentir o calor e a trepidação da fervura social que vai se alastrando pelo país. Quando as reformas previdenciária e trabalhista começarem a ser votadas, e a percepção das maldades que elas contêm se alastrar, haverá caldo entornando. Já o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, mais atento o sismógrafo social, falou grosso hoje, defendendo a presença do Exército nos estados e prometendo repressão aos protestos contras as reformas: “O movimento que quiser dialogar, dialogue. Mas o movimento que quiser fazer baderna, a gente tem que colocar a ordem.”

Reforma do ensino médio golpeia a juventude

Por Maria Izabel Azevedo Noronha, na Rede Brasil Atual:

A educação e a juventude brasileiras sofreram mais um duro golpe na noite de ontem (8) com a aprovação pelo Senado Federal da Medida Provisória 746/2016 (Projeto de Lei de Conversão 34/2016) que institui a reforma do ensino médio. O texto segue para sanção do ilegítimo Presidente Michel Temer.

Quero aqui expressar algumas breves impressões sobre o texto aprovado, sobre o qual a Apeoesp produzirá uma análise mais profunda.

Sob fogo cerrado, América Latina resiste

Por Breno Altman, em seu blog:

O novo ciclo da crise do capitalismo, iniciado em 2008, operou mudanças relevantes no cenário latino-americano e na política dos Estados Unidos para a região.

O encolhimento do mercado internacional, a longa estagnação europeia, a paralisia japonesa e o aumento dos custos de produção na China, entre outros fatores expressivos da mais grave situação de subconsumo desde 1929, determinaram uma progressiva reorientação do Departamento de Estado.

Desde o ataque às torres gêmeas em 2001, a América Latina tinha perdido relevância nos planos de ação da Casa Branca, que se concentraram no Oriente Médio, em uma estratégia para consolidar sua hegemonia sobre a região, abrir novas fronteiras de negócios, ampliar a cabeça de ponte para suas bases militares e controlar fontes de petróleo.