segunda-feira, 15 de agosto de 2016

'Opera Mundi' lança campanha de assinatura



Do site Opera Mundi:

O Opera Mundi, que se consolidou na cena da imprensa independente por ser o único site brasileiro a se especializar em notícias internacionais e com um recorte progressista, lança uma campanha de assinaturas solidárias para que, por meio de uma contribuição mensal ou anual voluntária, os leitores ajudem a manter os jornalistas que trabalham na Redação, os tradutores e os correspondentes internacionais.

A corrupção na política brasileira

As portas do país se fecham aos brasileiros

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Estão se fechando, mais uma vez, as portas do país ao povo brasileiro.

É disso que nos falam os anúncios que fazem as bolsas subir e os editoriais baixarem o tom.

Falam de cruzar ferrolhos e trancas, erguer tapumes, barreiras, falam de cortes, sacrifícios e retrocessos; falam em adiar, entregar e de chamar o ‘Choque’.

Aos que povoam as bordas não será suficiente conter o curso.

Será necessário recuar, adverte-se.

Duvivier entra para lista de banidos da Globo

Da revista Fórum:

Na última semana, em entrevista para uma repórter da afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Norte, a RNTV, o ator, humorista e escritor Gregório Duvivier iniciou a conversa com um “primeiramente, fora Temer” e desestabilizou a repórter.

De acordo com a coluna de Keila Jimenez, no Portal R7, o humorista causou grande constrangimento nos corredores da emissora e entrou para a lista de personalidades banidas da TV Globo, junto a Caetano Veloso, que durante a abertura da Olimpíada exibiu uma placa de “Fora Temer”.

Os catadores de lixo na Argentina de Macri

Por Juan Ignacio Amorín, no jornal Brasil de Fato:

Nos últimos meses, a crise econômica da Argentina promoveu a disparada da inflação, o aumento das tarifas dos serviços e a queda abrupta do emprego em setores importantes como a construção. Como efeito, também é possível enxergar um aumento de 15% na quantidade de pessoas que saem as ruas para pegar resíduos em todo o país. Na capital federal, Buenos Aires, a lista de espera para entrar nas cooperativas de reciclagem duplicaram.

A face mais obscura do golpe

Por Daniel Almeida, no blog de Renato Rabelo:

Protagonista de investidas nefastas no Legislativo, o presidente interino Michel Temer (PMDB) promove uma ofensiva para desmontar o serviço público na União e nos Estados. À frente de um governo provisório que tomou o poder após golpe institucional, o peemedebista quer executar na marra um projeto político para as próximas décadas, já rejeitado nas eleições de 2014.

A proposta de renegociação da dívida dos Estados (PLP 257/16), aprovada pelo Plenário da Câmara nesta semana, representa a essência do golpe em andamento no país. Prejudica o Brasil como um todo. A exigência de que os gastos primários das unidades federadas não ultrapassem o ano anterior, acrescido da variação da inflação medida pelo IPCA, gerará congelamento de investimentos e de salários dos trabalhadores, dificultando o funcionamento normal das administrações.

Temer tem prazo de validade até dezembro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A montanha de denúncias acumuladas contra Michel Temer indica que os aliados da véspera já não apostam em sua capacidade para conduzir o país até o pleito de 2018 - imaginando que um Congresso vulnerável a todo tipo de pressão contra regras democráticas não seja levado a alterar os prazos da sucessão presidencial, da mesma forma que pretende mudar a Previdência, o Pré Sal, a CLT e tantas coisas mais, quem sabe a mudança do presidencialismo para parlamentarismo.

A intervenção da imprensa na política

Aécio Neves segue acima da lei

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Único a discursar na bancada do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), presidente do partido, defendeu Antonio Anastasia, disse que ninguém está acima da lei, e voltou atacar a presidenta Dilma Rousseff, a quem acusou de cometer "ilegalidades". Aécio afirmou que "ninguém pode cometer crime impunemente" e que, após o julgamento do impeachment, a sensação de"impunidade" deixará de predominar.

O fenômeno José Serra

Por João Filho, no site The Intercept Brasil:

Quando acordei no domingo e vi a manchete “Serra recebeu R$23 milhões via caixa 2, diz Odebrecht” na capa da Folha, não acreditei. Li mais algumas vezes para me certificar. Denúncia contra o Serra na capa da Folha? Numa manchete com letras garrafais? Sim, não era uma miragem.

Passado o espanto, lembrei que notícias ruins sobre o Serra são como vídeos no Snapchat: duram 24 horas. Resolvi aguardar o desenrolar dos acontecimentos. Na segunda-feira, começo a desconfiar de que meu palpite estava correto: nada mais sobre Serra na Folha. Nenhum colunista indignado, nenhum aprofundamento sobre o assunto. Na terça, a mesma coisa. Na quarta, uma novidade: Elio Gaspari comenta o caso e a coluna ganha uma chamadinha de capa. Mas não se emocione. O nome de Serra, o principal personagem do texto, não aparece nela. O que vemos é apenas um genérico“PSDB paulista”. Detalhe: essa chamada está presente somente na edição nacional. Na edição para o estado de São Paulo, onde o PSDB reina há 22 anos, ela simplesmente não existiu. Talvez essa notícia não seja do interesse do povo bandeirante em ano de eleição.


A radiografia do golpe no Brasil

Por Frei Betto, no site da Adital:

Quando é difícil manter o rumo,

o pessimista se queixa do vento;

o otimista aguarda a calmaría;

O realista ajusta as velas.

William G. Ward (1812-1882)


Em 17 de abril de 2016, o governo Dilma Rousseff foi destituído por um golpe parlamentar. Eis a nova modalidade de ação conservadora na América Latina. O primeiro golpe parlamentar ocorreu em Honduras (2009), com a deposição do presidente Manuel Zelaya. O segundo, no Paraguai (2012), quando destituíram o presidente Fernando Lugo.

As Olimpíadas do "Fora Temer"

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Acabo de ver Guga pela tevê nas Olimpíadas. Ele estava comentando a final de tênis masculina para uma emissora.

Ele se ergueu num determinado momento e o telão o mostrou. Foi aplaudido de pé. As pessoas gritavam: “Olê, olê, olê, Guga, Guga.”

O povo ama Guga.

Imediatamente me ocorreu o caso oposto. Alguém que o povo detesta. Temer. Guga tem que se expor, tal a admiração de que goza entre os brasileiros. Temer tem que se esconder, acovardado, como se fosse um desertor numa guerra.

“Fora Temer” pode. “Fora Globo”, jamais

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A realidade é uma força maravilhosa.

Expõe, sem discursos, argumentações, teorias ou lá o que seja, a verdade.

A fala do agente de segurança da Olimpíada é uma aula dos limites da democracia brasileira.

Não apenas nos estádios, não apenas em 2016.

Em tudo, e há muitas décadas, não pode protesto algum onde “tiver Globo”.

O golpe e a salvação de Cunha

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Ainda existe e existirá forte polêmica acerca da natureza do processo político que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Ou seja: o impeachment foi um processo legal e legítimo ou foi um golpe de Estado? Com o passar do tempo, este embate perderá importância política imediata, mas continuará como uma longa batalha pelas décadas futuras no âmbito da historiografia. O que estará em jogo é uma disputa de narrativas e de interpretações acerca dos acontecimentos históricos ocorridos no presente.

Michel Temer e o bando do Jaburu

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Ressalvadas eventuais mudanças de última hora, somente a vontade de “não perder” sustenta a luta para voltar ao governo, travada pela presidenta Dilma Rousseff contra o golpe, vestido de impeachment, parido na Câmara e amamentado no Senado.

A grande maioria dos senadores votou pelo impedimento da presidenta, invocando a necessidade de manter a estabilidade no País. Ao contrário. O que se pode esperar neste caso, onde se misturam hipocrisia e falsidade, diz respeito à eventual reação das ruas.

A quinta ameaça de Cunha a Michel Temer

Por Bajonas Teixeira de Brito Junior, no blog Cafezinho:

Eduardo Cunha faz mais uma ameaça a Temer. Como as demais, essa também foi pública. Saiu hoje estampada em letras vermelhas na home do G1. É verdade que Lauro Jardim, claro, diferente do Estadão que pareceu estar servindo de mural para Cunha afixar suas ameaças, nos convence de estar apenas repassando coisas tal qual ocorreram atrás das cortinas do Jaburu. Do infausto Palácio do Jaburu.

Aliás, é interessante que a quinta ameaça apareça na forma da parábola dos cinco amigos.