terça-feira, 4 de agosto de 2015

PT convoca jornada pela democracia

Por Altamiro Borges

Sob o violento cerco da direita - que está em plena ofensiva para "sangrar" Dilma e "matar" Lula -, o PT tenta sair da letargia e reagir enquanto ainda é tempo. Nesta terça-feira (4), a executiva nacional da sigla aprovou resolução em que convoca uma "jornada em defesa de democracia, dos direitos dos trabalhadores e das conquistas do nosso povo". O documento critica a escalada conservadora da oposição demotucana, da mídia monopolista e de setores do aparelho de Estado e convoca os petistas para vários protestos populares já agendados - Marcha das Margaridas (dias 11 e 12 de agosto), Ato Nacional pela Educação (14 de agosto) e Ato Nacional dos Movimentos Sociais (20 de agosto).

Caos no RS: gaúchos lamentam seu voto?

Por Altamiro Borges

Nas eleições do ano passado, os gaúchos entraram na onda da mídia antipetista - que fez sistemática e ostensiva campanha contra o governador Tarso Genro - e elegeram para chefiar o Estado um político inexpressivo e sem estofo; José Ivo Sartori (PMDB). Passados seis meses, porém, eles já devem estar arrependidos. Nesta segunda-feira (3), os servidores públicos do Rio Grande do Sul realizaram uma greve de advertência de 24 horas. Eles protestaram contra a decisão do governo de parcelar o salário do funcionalismo. Caso José Ivo Sartori não recue na sua medida antipopular, a categoria promete deflagrar uma paralisação por tempo indeterminado a partir de 18 de agosto.

Xico Sá, Duvivier e a patrulha de direita

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Xico Sá está apanhando nas redes sociais por um haicai (“viver é estouro/ sou mais Zé Dirceu/ q o tal do Mouro”) e alguns tuítes (“Não, não, nao, ñ me incomoda q o Psdb seja inimputável, o q me deixa puto é e q a justiça brasileira só veja um lado”, por exemplo).

Gregório Duvivier é chamado de esquerda caviar, comunista e petralha. No ano passado, chegou a ser agredido verbalmente num restaurante no Leblon. Um sujeito falou que ele deveria estar almoçando no bandejão, “já que gosta tanto de pobre”.

Requião, Venício, Comparato e a mídia

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) e o professor Venício Lima tiveram uma grata surpresa em debate na sede do Barão de Itararé, em São Paulo, nesta segunda-feira (3): o jurista Fabio Konder Comparato prestigiou a atividade e presenciou uma rica discussão que foi de temas amplos, como a histórica ausência de democracia na mídia brasileira, até assuntos picantes, como o papel do Poder Judiciário, representado principalmente pela figura do juiz Sérgio Moro, no acirramento da crise política que sacode o governo e o campo progressista no país.


A prisão do preso e os direitos de Dirceu

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O fato de ser esperada e temida por seus amigos e familiares não torna a prisão de José Dirceu uma medida natural, nem correta nem justa.

Para Wadih Damous, deputado, advogado que foi presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, a prisão de Dirceu é incompreensível.

- Por que prender quem já estava preso?, argumenta, lembrando uma realidade intransponível: Dirceu já estava em prisão domiciliar “e não ameaçava fugir.”

Entre os mundos real e virtual

Por Frei Betto, no site da Adital:

Nosso mundo pós-moderno é fragmentado. Uma de suas expressões mais evidentes é o videoclipe. Enxurrada de flashes, vibrações acústicas, sons distorcidos. Rompe-se a linearidade, enquanto a simultaneidade embaralha passado, presente e futuro. Tudo é simuladamente aqui e agora.

O Iluminismo, ancorado na literatura, cede lugar à digitalização frenética. Mundo que carece de sentido. Forma que dispensa conteúdo. A performance do artista ultrapassa a arte que ele produz. Seu nome vale mais que seu desempenho. A valoração dá lugar à exaltação.

'Estado submerso' e politização da direita

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Suzanne Mettler, uma cientista política americana, escreveu, faz pouco tempo, um livro provocador. The Submerged State: How Invisible Government Policies Undermine American Democracy.

Não vou resenhá-lo nem resumi-lo. Ele se refere às políticas federais americanas.Vou dizer algumas coisas que ele sugere pensar sobre as políticas de nossos governos “populares” que são ou pretendem ser redistributivas.

O “estado submerso” é o conjunto de políticas públicas que funcionam por meio de incentivos, subsídios ou repasses a organizações privadas.

FHC tem agropecuária em Osasco. Osasco?

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é sócio de seus três filhos na empresa Goytacazes Participações Ltda, cujas atividades registradas na Junta Comercial de São Paulo são serviços de agronomia e de consultoria às atividades agrícolas e pecuárias.

No Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, na Receita Federal, a empresa tem como atividade principal o cultivo de cana-de-açúcar. As atividades secundárias são a criação de bovinos para corte e cultivo de outras plantas de lavoura.

Congresso retorna pautado pela Lava Jato

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Apesar da distensão na crise obtida durante o recesso, o Congresso retoma efetivamente seus trabalhos nesta terça-feira em clima provavelmente exaltado pela última etapa da Operação Lava Jato, que dita mais a agenda nacional que qualquer outro poder.

Na Câmara, o presidente Eduardo Cunha volta decidido a demonstrar que, apesar das acusações contra ele e do risco de ser denunciado em breve pelo PGR Rodrigo Janot, mantém intacta sua ampla base de apoio político, que lhe dará suporte para continuar comandando a Casa mesmo denunciado.

A 'exceção' que se torna regra

Por Tarso Genro, no site Carta Maior:

O tema da “exceção” tem voltado, nas últimas décadas, de forma recorrente ao vocabulário jurídico e na teoria política, face a um fenômeno mundial, que é o centro da desestabilização das experiências democráticas mais recentes: as reformas “liberais” ou neoliberais - como se diz de forma ligeira - não podem ser aplicadas sem a suspensão da ordem jurídica democrática, que consagrou os direitos fundamentais e tornou, alguns deles, elementos da vida comum.

“Até o final do ano, tentarão prender Lula”

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A frase que dá título a esse texto não foi dita por um militante petista desvairado. Nem por um jornalista (como esse que escreve) afeito a teorias da conspiração.

Saiu da boca de um advogado paulistano, bem-sucedido, com sólida formação acadêmica (é também professor de Direito), sócio de um escritório na região da avenida Paulista.

Detalhe: ele votou em Aécio no ano passado, mas não disse a frase em tom de “comemoração”, mas de alerta.

O 'trensalão' e o cinismo dos tucanos

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Quem conhece o técnico João Ribeiro, lotado na Delegacia Regional Tributária de Marília, garante: é um servidor público exemplar. Além de competente, possui comportamento irrepreensível.

Ele tem 54 anos, 25 dos quais na área de arrecadação tributária da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP).

Em 24 de janeiro de 2003, indignado com o que ouvia e se comentava no órgão sobre várias irregularidades, João fez uma denúncia anônima ao Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP).

A prisão sem justificativa de Dirceu

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

A prisão do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, detido pela Polícia Federal na manhã desta segunda, 3, em Brasília, na 17° fase da operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, não se justifica, segundo o ex-procurador de Estado, Márcio Sotelo Felippe.

“Preciso ser convencido de que não se trata de uma arbitrariedade. Não há necessidade de prisão. Ele tem endereço certo. Não conheço as provas. Falo sobre o aspecto das liberdades fundamentais. A prisão preventiva de quem está cumprindo pena em regime semiaberto causa profunda estranheza. Pode ser mais um capítulo desse espetáculo do Estado policialesco, que vem criminalizando a política. Preciso ser convencido de que não se trata de uma arbitrariedade”, frisa.

Os ricos e o golpe no Brasil

Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:

A história nos ensina que sempre quando os ricos sentem seus interesses ameaçados, se articulam com seus representantes em todos os espaços de poder, criam uma situação de desestabilização política e o passo seguinte é a derrubada do poder constituído.

A mais recente manobra desse tipo foi o golpe militar de 1964. Naquele momento, o Brasil vivia sob um clima de pressão social para que houvesse mudanças na economia e na política a fim de favorecer a maioria da população excluída de seus mais básicos direitos.

Prisão de Dirceu desnuda a Lava Jato

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Breno Altman, em seu blog:

A prisão preventiva do ex-ministro da Casa Civil não é apenas decisão arbitrária, sem provas e motivos razoáveis, o que já bastaria para ser fortemente questionada.

Além de estar sob regime de prisão domiciliar, à disposição da Justiça, os próprios procuradores alegam que a incriminação contra o líder petista está exclusivamente apoiada sobre duas delações premiadas cujas provas de verificação sequer foram colhidas.

Marcha das Margaridas pela democracia

Do site da UJS:

Em marcha pelo desenvolvimento sustentável, a democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade. Esses serão sos temas que serão abordados durante a 5ª Marcha das Margaridas que ocorrerá nos dias 11 e 12 de agosto de 2015, em Brasília, Distrito Federal.

Maria das Neves,diretora de Jovens Feministas da UJS e coordenadora de Jovens Feministas da UBM, explicou ao Vermelho que esta marcha será a primeira mobilização de massas após o recesso do Congresso Nacional. Ela lembra que “é um momento estratégico para voltarmos com todo gás na ofensiva contra o conservadorismo, a redução da maioridade penal e todas as pautas retrógradas em tramitação”

Cunha x Dilma, o duelo de agosto

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Agosto, mês de acontecimentos dramáticos na história política brasileira, reserva mais um episódio destinado a marcar a memória nacional. Um duelo entre duas autoridades da República, com desfecho imprevisível mas decisivo para o futuro do País. De um lado, Dilma Rousseff (PT), a presidenta. De outro, Eduardo Cunha (PMDB), o comandante da Câmara dos Deputados.