quarta-feira, 15 de julho de 2015

"Mais Médicos" fura o cerco da mídia

Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro de Mundo:

À frente, há três anos, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, o dentista cubano Joaquin Molina não se surpreendeu quando, há dois anos, o Conselho Federal de Medicina encabeçou uma violenta reação ao programa Mais Médicos, do governo Federal. “É um tipo de reação corporativista comum em todo o mundo”, explica, diplomático. “Não houve surpresa, é como uma demarcação de território, por causa da chegada de estrangeiros”.

Lava Jato complica planos golpistas

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Operação Politeia, desdobramento da Lava Jato através de 53 ações de buscas e apreensões realizadas hoje pela Polícia Federal, atingiu residências e locais de trabalho de três senadores, merecendo todos os adjetivos com que foram definidas por um deles, Fernando Collor de Mello (PTB): invasivas, autoritárias, desnecessárias e aparatosas. Todos estão à disposição da Justiça e nada indica que poderiam fugir do país. Os outros dois foram Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Ciro Nogueira (PP). 

As três crises do governo Dilma

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

Há enorme perplexidade entre os progressistas e a esquerda quanto à “crise política” que o país está vivenciando desde o início deste ano.

Há sensação generalizada de que não se sabe o que está acontecendo. Afinal, a presidente Dilma foi reeleita, contrariamente à vontade e ao esforço de poderosos interesses, caso do capital financeiro internacional, amplamente articulado ao rentismo interno; de frações poderosas do capital produtivo; da grande mídia privada; e de vastos segmentos das classes médias.

Porque a foice e o martelo incomodam

Por Mariana Serafini, no site da UJS:

Dificilmente alguém chega à presidência de um país sendo um idiota ou afrontando desnecessariamente quem não compartilha das mesmas crenças e opiniões. Dito isso, fica bastante óbvio que Evo Morales não presenteou o Papa com um crucifixo em formato de foice e martelo por afronta ou ingenuidade.

É comum a sociedade usar uma crença para justificar preconceitos, ódio de classe ou opinião extremista. Não faz muito, vimos evangélicos jurando gays de morte porque uma transsexual fez uma performance de A Paixão de Cristo. Como se a cruz fosse sagrada, e não o objeto fim, que condena à morte. Agora a nova efervescência religiosa é por conta do Cristo crucificado em uma foice e um martelo.

Dilma e seus últimos dias…

 Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Renato Rovai, em seu blog:

O momento político é um dos mais estranhos desde a redemocratização do país. E por mais que se tente jogar isso no colo da crise econômica, não cola.

A crise é real, mas ao mesmo tempo não é assim uma Brastemp. O desemprego cresceu, mas ainda é administrável. A inflação está alta, mas já dá sinais de que vai arrefecer no ano que vem. O comércio está em crise, mas a indústria nacional ampliou a exportação. O ajuste radical é uma sandice, mas ele não vai passar do jeito que o deus mercado e o deus Levy desejavam. Enfim, o momento é ruim, mas tende a ficar regular em curto prazo. O que pode mudar essa perspectiva é uma crise internacional sem precedentes, que poderia vir com uma freada brusca da China e uma retração grande da Europa por conta do aprofundamento da crise na Grécia.

"Fora Papa e leva a Dilma junto"

Internet, mídia e a arquitetura do golpe

pataxocartoons.blogspot.com.br
Por Francisco Fernandes Ladeira, no Observatório da Imprensa:

Um espectro ronda o Brasil: trata-se do golpe de Estado, a tentativa desesperada de derrubar o governo federal que foi democraticamente eleito. Nessa empreitada golpista, sob a eufêmica bandeira do impeachment, setores conservadores da sociedade brasileira têm se mobilizado nos diversos meios de comunicação. Nas redes sociais, pseudo-analistas, de praticamente todas as faixas etárias, estão se transformando em ícones do pensamento conservador. Nesse sentido, podemos citar Kim Kataguiri, o jovem mais retrógrado do Brasil, o “pelego racial” Fernando Holiday e o astrólogo autointitulado filósofo Olavo de Carvalho, guru da direita brasileira.

Alckmin e o pedágio mais caro do Brasil

Por Antônio de Souza, no blog Viomundo:

Na campanha eleitoral de 2010, Geraldo Alckmin, então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, prometeu que iria revisar o preço dos pedágios paulistas, que são os mais caros do Brasil.

Alckmin esqueceu a sua promessa e resolveu congelar os preços por um ano, mas manteve as tarifas muito altas e as tem reajustado mesmo que as concessionárias devam R$ 2 bilhões para o governo paulista.


A construção política do Brasil

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

Disputamos também no Brasil, frente aos conflitos da luta de classes e das enormes desigualdades, a regulação da nossa economia de mercado capitalista com vistas a um determinado tipo de desenvolvimento. Isso é feito no espaço de uma das maiores economias do planeta, com uma inigualável riqueza natural e com um ativo humano que pode oferecer ao mundo a capacidade de superação de nossas mazelas com luta e encanto. Temos nossos problemas, mas temos muitas virtudes!

Pacote de Cunha bane Psol da TV

Por Helena Sthephanowitiz, na Rede Brasil Atual:

No pacote da reforma política sem participação da sociedade que está sendo votado na Câmara dos Deputados, sob o comando do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi aprovado o texto-base com um artigo que eliminará candidatos do Psol dos debates na TV.

Por esse artigo, as emissoras de rádio e TV só são obrigadas a convidar para debates candidatos de partidos com pelo menos nove deputados federais. Antes a regra obrigava a convidar todos os candidatos de partidos que tinham pelo menos um deputado na Câmara. É uma cláusula de barreira aplicada apenas aos debates na TV.

A preparação do golpe e o governo pasmo

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

A convenção do PSDB em 5 de julho domingo selou a guinada lacerdista do partido de Franco Montoro e Mario Covas. Com discursos recheados de meias palavras, os tucanos deixaram claro o que ainda não podem dizer abertamente: o apoio à interrupção do mandato de Dilma e sua prontidão para ocupar o posto.

Liga antigolpe começa a nascer

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O Cafezinho está recebendo informes sobre eventos e reuniões, em várias partes do Brasil, organizados por movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda, contra um possível golpe parlamentar (tipo paraguaio) ou judiciário (tipo hondurenho), que poderia ser desfechado agora em agosto.

Na esteira dessa ameaça, surgiu, organizada horizontalmente, de maneira orgânica e espontânea, uma rede informal de movimentos, espécie de federação antifascista, para lutar contra o processo de radicalização reacionária estimulado pelos grandes meios de comunicação.

Programas policiais: o povo quer sangue!

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Se morreram, é porque são bandidos.''

“Todos são suspeitos até que se prove o contrário.''

“Foi igual a dar tiro em pato no parque de diversões.”

“Quem não reagiu está vivo.''


As frases, colhidas da boca de autoridades e policiais após ações violentas, são indícios de que o Estado vai se tornando aquilo que deveria combater. E não foram rebatidas imediatamente como se deveria.

Ação contra Collor atinge Renan e Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A esta altura, creio que ninguém com um mínimo de lucidez espera encontrar provas materiais de corrupção dos casos apurados pela Operação Lava Jato dormindo nas gavetas das casas ou escritório dos acusados.

Pode até haver alguma exceção, de algum político ou empresário que habite o mundo da Lua e tenha deixados guardados bilhetes, planilhas, e-mails ou qualquer coisa do gênero que os possa comprometer.

Cotas sociais, 'Folha' e o senso comum

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Qual deveria ser a diferença entre um jornal e um comentário de rede social? A profundidade da análise, é evidente. Supõe-se que, com mais capacidade financeira do que meros comentaristas de redes ou blogs, os jornais desenvolveriam capacidade maior de análise, sobrepondo-se ao festival de lugares comuns que invade as redes sociais.

Mas não é assim.