quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A “reforma política” de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

Se depender do novo presidente da Câmara dos Deputados, o lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o sistema político e eleitoral brasileiro sofrerá graves retrocessos nesta legislatura. Ele nem acabou de ser empossado e já aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política e a criação de uma comissão especial para analisar o polêmico tema. A pressa visa abortar a pressão da sociedade por uma reforma que amplie a democracia no país, com o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e a adoção de mecanismos de maior participação popular. Na prática, o deputado direitista – conhecido por suas rentáveis ligações com os empresários – defende um sistema político ainda mais restritivo e elitista, com o voto facultativo, a imposição da cláusula de desempenho, a adoção do voto distrital e a manutenção do financiamento privado.

Como cozinhar o governo Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “parecer” do advogado de Fernando Henrique Cardoso foi – ainda que antes da hora – como aquela colher do caldo que se tira da panela para ver se o cozido já está “no ponto”.

O que cozinha, já ficou claro, é o governo – sempre é bom repetir, eleito pelo voto popular – de Dilma Roussef.

O dia em que a Folha criticou tucanos

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O projeto do governo Dilma de regulação comercial da mídia pode até ter ficado mais distante após a eleição do conservador Eduardo Cunha como presidente da Câmara, mas comentário de um leitor sobre o tema revela quão desinformados são os cidadãos comuns que fazem coro com os bilionários proprietários do oligopólio comunicacional que infecta o país.

Movimentos sociais: sem perder o foco

Editorial do site Vermelho:

A edição, por parte do Governo Federal, das Medidas Provisórias 664 e 665, alterando regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, abono salarial, seguro desemprego, pensão por morte e auxílio doença, encontra justa resistência por parte dos movimentos sociais, em especial do movimento sindical.

Quem trabalha é que tem razão

Por Umberto Martins, no site da CTB:

A última reunião entre ministros do governo Dilma e dirigentes das centrais sindicais para debater medidas que reduzem direitos da classe trabalhadora sob a bandeira da austeridade fiscal, realizada em São Paulo terça-feira, 3, não registrou avanços. O impasse persiste e os sindicalistas estão convocando nova manifestação nacional para 26 de fevereiro.

Alckmin-2018 naufraga nas mentiras

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Brasil pra frente, Geraldo presidente!”

Esse grito foi lançado assim que Geraldo Alckmin terminou seu discurso de posse em janeiro. Esse plano corre um risco enorme diante do caos da falta de água em São Paulo e do Alckmin que emergiu disso: um mitômano na melhor tradição malufiana e um gestor medíocre.

Aécio e Renan batem boca no Senado

Marco Civil da Internet: a nova batalha

Por Helena Martins e Jonas Valente, na revista CartaCapital:

O caráter da Internet e os direitos e deveres dos usuários da rede são objetos de consulta pública promovida pelo Ministério da Justiça por meio de uma plataforma virtual. Iniciada na última quarta-feira (28), ela trata da minuta do decreto presidencial que vai regulamentar o Marco Civil da Internet**. Não é exagerado afirmar que o que está em jogo é o futuro das comunicações no Brasil.

A culpa de Dilma e o dolo de Ives Gandra

Por Fabio de Sá e Silva, no site Carta Maior:

Pode ser que com a anunciada demissão de Graça Foster e a substituição de toda ou quase toda a diretoria da Petrobrás, a empresa e seus atos de gestão deixem de ser objeto do superficial, mas corrosivo debate a que foram submetidos nos últimos meses.

Neste cenário, a saída de Foster seria sucedida pela nomeação de alguém bem visto pelo “mercado”, a estatal tornaria a contar com “confiança” de investidores e acionistas, e os olhos da opinião pública se voltariam para o rito mais formal e procedimentalizado da apuração das responsabilidades, no âmbito da operação Lava Jato.

O golpe paraguaio está em marcha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Foi dada a largada. Em caudaloso artigo publicado domingo no Estadão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu a senha: como não há clima para um golpe militar, a derrubada do governo de Dilma Rousseff deve ficar por conta do Judiciário e da mídia, criando as condições para votar o impeachment da presidente no Congresso Nacional o mais rápido possível.

O mundo sombrio do petróleo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Não é que sirva de consolo, mas ajuda a nos dar uma referência e, sobretudo, a não tirarmos falsas conclusões do escândalo de corrupção na Petrobrás.

Em meados de 2011, dois jornalistas americanos lançaram um livro que abalou a política do Alaska.

Até meados dos anos 90, o Alaska era o principal estado produtor de petróleo nos EUA.

Petrobras e o cenário do escândalo

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A demissão coletiva de diretores da Petrobras, que obriga à substituição urgente da presidente da empresa, é manchete em todos os jornais de circulação nacional nesta quinta-feira (5/2). O noticiário vem recheado de especulações sobre o nome a ser indicado para o lugar de Graça Foster, e essa escolha poderá diminuir o empenho da imprensa em desconstruir a reputação da estatal: um dirigente simpático ao mercado fará concentrar o foco dos jornais exclusivamente no campo político.

A ditadura do capital especulativo

Por Emir Saber, na Revista do Brasil:

Spread é uma expressão – mantida em inglês para facilitar a camuflagem do seu significado –, que indica o ganho líquido dos bancos, a diferença entre o que pagam pelo dinheiro que captam e o que recebem pelo que emprestam. Leve R$ 100 reais ao banco para uma aplicação, e no mês seguinte retire R$ 100,50. Dê a volta no balcão e consulte o mesmo funcionário sobre quanto pagará se quiser tomar emprestado a mesma nota de R$ 100. Ele provavelmente dirá que você terá de devolver, no mês seguinte, algo próximo R$ 110. A diferença é o spread, o ganho improdutivo, à custa do suor alheio.

Os ruralistas detestam Dilma Rousseff

Por Altamiro Borges

Em seu primeiro mandato, a presidenta Dilma Rousseff cedeu tudo o que pode para agradar os barões do agronegócio – termo moderninho usado para limpar a imagem dos antigos latifundiários. Anistiou dívidas bilionárias, garantiu generosos subsídios e travou o processo da reforma agrária. Já no início do seu segundo mandato, ela nomeou para seu ministério a ruralista Kátia Abreu, a presidenta da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) famosa por suas posições direitistas. O objetivo sempre foi o de acalmar o barulhento setor exportador e o de garantir os votos da disciplinada bancada ruralista no Congresso Nacional. Pelo jeito, porém, esta tática palaciana nunca deu os resultados desejados.