terça-feira, 7 de agosto de 2012

Barbosa, a mídia e o mensalão tucano


Por Altamiro Borges

A jornalista Mônica Bergamo publicou hoje três notinhas reveladoras na página Ilustrada da Folha:

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Olhos abertos

O ministro Joaquim Barbosa, relator do "mensalão do PT" no STF (Supremo Tribunal Federal), segue atento ao "mensalão mineiro", que envolve líderes do PSDB. Ele pretende deter-se em providências que levem à rápida localização de testemunha considerada chave nas investigações e que tomou chá de sumiço em Minas Gerais.

Sean Penn no comício de Chávez

Por Altamiro Borges

A campanha pela reeleição de Hugo Chávez à presidência da Venezuela ganhou importante reforço neste final de semana. O ator estadunidense Sean Penn, ganhador de dois Oscar - "Sobre meninos e lobos", em 2003, e "Milk", em 2008 -, fez  questão de participar de um comício do líder bolivariano em Valencia, no interior do país. "Somos todos americanos, eles [dos EUA] são do Norte e nós, do Sul. Muito obrigado por nos visitar de novo, caro amigo", afirmou Chávez, dirigindo-se carinhosamente ao astro hollywoodiano.

Serra e Gilmar unidos na censura

Por Altamiro Borges

A blogosfera não está prolongando as insonias apenas do notívago José Serra. O ministro Gilmar Mendes, do STF, também anda incomodado com a internet. Segundo o jornalista João Bosco Rabello, do Estadão, ele já solicitou à Polícia Federal abertura de investigação contra a enciclopédia virtual Wikipédia e pretende ainda ingressar com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra os chamados "blogs sujos". Desta forma, José Serra e Gilmar (Mendes? Dantas? Mentes?) se unem também na censura!

Os crimes de FHC serão punidos?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

No grande circo armado pela mídia para o "julgamento do século" do chamado "mensalão do PT", até o ex-presidente FHC foi ressuscitado. Ontem (6), na abertura da 32ª Convenção do Atacadista Distribuidor, no Riocentro, ele reforçou o linchamento midiático exigindo a imediata punição dos réus. Na maior caradura, ele esbravejou: "Depois que eu ouvi do procurador-geral da República, houve crime. Crime tem que ser punido... Tenho confiança de que eles [STF] julgarão com serenidade, mas também com Justiça". 


Brasil aprova ações militares na Síria

Por Beto Almeida

Na última sexta feira, dia 3 de agosto, a ONU aprovou uma resolução que, descaradamente , permite ações militares contra a Síria, já alvo de intervenção estrangeira via mercenários pagos declaradamente pela Arábia Saudita e o Qatar, com o apoio oficial dos EUA, pela voz de Hillary Clinton. Barack Obomba também autorizou a CIA a interferir abertamente para a derrubada do governo de Baschar Al Assad. A resolução aprovada é uma pá de cal a todo esforço para uma resolução negociada e pacífica do conflito sírio. Detalhe grave: o Brasil votou a favor desta resolução que dá espasmos de prazer à indústria bélica.

Cuba, a ilha da saúde

Por Salim Lamrani, no sítio da Adital:

Desde o triunfo da Revolução de 1959, o desenvolvimento da medicina tem sido a grande prioridade do governo cubano, o que transformou a ilha do Caribe em uma referência mundial neste campo. Atualmente, Cuba é o país que concentra o maior número de médicos por habitante.

A mídia seletiva e os mensalões

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

A lisura no trato da coisa pública é uma aspiração legítima da sociedade brasileira, e o fato de o conservadorismo, em conluio com a mídia, manipular politicamente tal demanda não a torna menos genuína. A esquerda não pode igualar-se à direita e se utilizar de dois pesos e duas medidas para relativizar a corrupção e dissimular suas próprias violações éticas, sob pena de comprometer não apenas sua imagem, mas a legitimidade de seu projeto político.

As primeiras lições do julgamento

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Para quem abriu espaço na agenda para o julgamento do mensalão, assistir ao confronto entre a acusação e a defesa tem sido uma oportunidade única de exercício democrático.

O Brasil passou os últimos 7 anos ouvindo versões variadas do depoimento de Roberto Jefferson. Alvejado pelo único depoimento claro de malfeitorias no governo, resumido naquele vídeo-confissão de um protegido que nomeou para os Correios, Jefferson foi transformado numa espécie de herói conveniente para o jogo político da oposição, que pretendia atacar o governo Lula, José Dirceu em particular e o PT em geral. Pela repetição em milhares de depoimentos, entrevistas, editorais, reprises, idas, voltas, e assim por diante, Jefferson só não virou herói porque assim também não dá – mas esteve perto, vamos combinar.

TV e o reino da mediocridade

Por Washington Araújo, no blog Cidadão do Mundo:

O que está acontecendo com nossos fins de semana? Temos a semana para ganhar o sustento pessoal e familiar, trabalhamos o horário nobre dos dias: todas aquelas horas em que o sol está firme no horizonte. Os restos do dia são dedicados ao repouso, tão necessário para refazer as energias a serem canalizadas para a jornada seguinte. E os vestígios do dia, essas poucas horas e momentos que sobram, passamos com quem amamos, nossos familiares, nossos amigos.

O vício rentista do empresariado

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

O governo criou as melhores condições possíveis, no marco atual de pressões recessivas internacionais, para que aumentem os investimentos – diminuição significativa da taxa de juros, desvalorização do real, retirada de impostos -, mas a reação do grande empresariado é quase nenhuma. Antes criticavam o governo quando a taxa de juros era mantida, quando o dólar estava muito desvalorizado. Quando o governo atende a essas reivindicações, as entidades empresariais simplesmente se calam e se somam ao coro aziago da diminuição do crescimento econômico.

Que “opinião pública” é essa?

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

“Brasília virou as costas para o julgamento do maior escândalo da história recente do país. Em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), silêncio e um vazio perturbador. O maior ato do dia, que contou com apoio do PSDB, do DEM e do PPS – principais partidos de oposição – reuniu apenas 15 manifestantes.”